17. Atendimento educacional especializado em Deficiência
Visual
Nesta
Aula, o professor abordou a questão da deficiência visual nas escolas e
principalmente a parte de um processo de aprendizagem diferenciado e inclusivo.
São duas
categorias de pessoas que se enquadram como deficientes visuais: as pessoas
cegas e com baixa visão. As pessoas cegas são aquelas que possuem acuidade
visual igual ou menor que 0,05 e as pessoas com baixa visão são aquelas com
acuidade visual entre 0,3 e 0,05. Essa aferição é feita com base na capacidade
de visão do melhor olho que o indivíduo possui. Essa definição faz com que
pessoas com limitações diferentes sejam classificadas como deficientes visuais
e é importante entender as características de cada indivíduo para podermos
inseri-lo adequadamente no processo educacional e ter o melhor aproveitamento
possível. Conforme previsto na Constituição, o atendimento educacional
especializado deve ser feito preferencialmente em uma escola na rede
educacional de ensino. No Atendimento Educacional Especializado devem ser oferecidos
conteúdos, técnicas para atender as especificidades dos alunos com deficiência.
Esse atendimento deve ser realizado nas salas de recursos multifuncionais, no
contra-turno do ensino comum e de forma a complementar à educação comum. Para
os alunos com deficiência visual são oferecidos o ensino de Braille, utilização
do reglete e punção para realizar a escrita Braille de forma manual, máquina
Braille ou Perkins para a escrita através de teclas e uso do equipamento de
cálculo chamado soroban. O professor do atendimento especializado deve em
conjunto com o professor de sala comum, trabalhar para o desenvolvimento de
materiais para auxiliar no aprendizado dos conteúdos ministrados na sala de
aula comum e desenvolver material para avaliação dos alunos com deficiência
visual.
Braile
Soroban
18. Atendimento educacional especializado em Altas
Habilidades ou Superdotação
Nesta
aula, a professora apresentou a diferenciação entre altas habilidades e
superdotação, discutindo as possibilidades do atendimento educacional que promova
a integração e inclusão, bem como um processo de aprendizagem com qualidade.
Existe
uma dificuldade para a identificação de pessoas com altas habilidades ou
superdotação devido a uma série de mitos quanto a definição destas pessoas.
Entre estes mitos, está a ideia que as pessoas superdotadas são aquelas
que possuem um QI (Quociente de Inteligência) elevado, aquelas chamadas de
Nerds ou pessoas que se dão bem na área de matemática. Outros acham que são
pessoas que tem muito sucesso na vida, que estas pessoas são autodidatas e não
precisam de apoio de professores, que somente pessoas de classes sociais com
maior poder econômico são superdotados ou que as pessoas com altas habilidades
irão defender a humanidade e realizar eventos fantásticos, como se fossem
super-heróis. Na realidade, o conceito que
define as pessoas com altas habilidades/ superdotação são aquelas que demonstram potencial elevado
em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual,
acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Além disso, essas pessoas devem
apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e na realização de
tarefas em áreas de seu interesse. No Brasil, para efetuar a
classificação das pessoas com altas habilidades/superdotação é utilizada a
teoria dos Três Anéis de Rezulli. Os indivíduos com altas
habilidades/superdotação são público alvo da Educação Especial porque possuem
um conjunto de competências maior que a média da população. Em muitos casos, essa
característica pode provocar um desinteresse neste aluno, devido aos
conteúdos abordados na série compatível com sua idade, estar aquém de sua
expectativa e capacidade de aprendizagem. Portanto, conforme previsto na
legislação brasileira, cabe ao atendimento educacional especializado,
suplementar a formação do aluno com altas habilidades/superdotação e permitir
que ele tenha um aprendizado mais acelerado e aprofundado dos conteúdos, para
que alcance um desenvolvimento pleno de suas potencialidades.
19. Atendimento educacional especializado e Deficiência
Intelectual
Nesta
aula, a professora apresentou a questão do atendimento educacional
especializado para os deficientes intelectuais abordando técnicas e processos
de formação dos professores para garantir um espaço de aprendizagem de
qualidade. A
Deficiência Intelectual é caracterizada por limitações significativas no
funcionamento intelectual e no comportamento adaptivo, ou seja, provoca uma
grande dificuldade de realizar as atividades do nosso cotidiano. A deficiência
intelectual é a expressão de limitações no funcionamento individual dentro de
um contexto social e não é fixa, de forma que, a aplicação de apoios pode
melhorar a capacidade funcional dos indivíduos.
Os chamados Apoios são recursos e
estratégias que visam promover o desenvolvimento, a educação, os interesses e o
bem-estar; e tem o objetivo de melhorar o funcionamento intelectual. O
atendimento educacional especializado é uma forma de apoio. O professor
especializado tem a responsabilidade de buscar formas de apoiar, sustentar e
implementar alternativas metodológicas, estratégias e recursos para oferecer ao
estudante e, ao professor da classe comum, as condições essenciais para o
acesso ao conhecimento. Na organização do trabalho do docente, alguns elementos
devem ser organizados, são eles: os conteúdos, a metodologia e a dinâmica de
trabalho. Este planejamento deve levar a promoção dos conceitos científicos e
conceituais. Os procedimentos pedagógicos se caracterizam por ser a força
motriz do desenvolvimento, por meio de ações planejadas e intencionais.
20. Atendimento educacional especializado em Transtorno
Global do Desenvolvimento
Nesta aula, a professora apresentou
e discutiu acerca do histórico do transtorno global do desenvolvimento, os
termos mais utilizados atualmente, os modelos educacionais mais adequados para
estes alunos e como trabalhar com eles tanto na sala de aula comum quanto no
atendimento educacional especializado. Transtorno Global do
Desenvolvimento se caracteriza por englobar síndromes, como o autismo. Com
relação ao autismo, a principal síndrome que compõe este grupo, podemos dizer
que é uma desordem severa do desenvolvimento neurobiológico e se caracteriza
pela presença de aliterações no comportamento social, dificuldades de comunicação
e interesses restritos O Transtorno Global do Desenvolvimento tem como
característica, não possuir uma única causa e haver a necessidade de um diagnóstico
clínico. O fator preponderante para sua origem é a herança genética, mas o meio
onde a criança vive também tem influência no aparecimento e no grau de
desenvolvimento da doença. A legislação brasileira prevê que o Transtorno
Global do Desenvolvimento seja contemplado pela Educação Especial e a
possibilidade de um bom resultado no processo de inclusão, depende do nível de
desenvolvimento da doença e, principalmente, que a identificação da doença e o
processo de atendimento educacional especializado ocorra o mais cedo possível, pois
quanto mais jovem, maior a possibilidade de adaptação à sociedade.
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