13.
Indicadores educacionais e fontes de dados: perspectivas de
apropriação (parte 3)
Nesta aula foram destacados o papel da avaliação externa, bem como
a caracterização de alguns dos usos pedagógicos feitos destas
avaliações por escolas, de modo a oferecer um quadro mais
abrangente de possibilidades e limites de uso destas informações em
âmbito escolar. Na secretaria do Estado de SP – SEE/SP temos os
boletins, por escola, relacionados aos resultados do SARESP. Retrata
o desempenho dos alunos das escolas que participaram do SARESP. Foi
mostrado os caminhos para o acesso e a estrutura geral do Boletim que
consiste em: Identificação geral da escola; Participação dos
alunos na SARESP; Médias do SARESP 2013; Classificação e descrição
dos níveis de proficiência; Distribuição percentual dos alunos
nos pontos da escala e nos níveis de proficiência; Resultados
comparativos ( Língua Portuguesa e Matemática).
Falado sobre a
plataforma QEDU que serve para orientação dos gestores das escolas
e de qualquer indivíduo interessado. Faz pesquisas sobre escolas,
onde mostra diferentes informações sobre a mesma, Analisando o
aprendizado, comparação, evolução, proficiência, exploração,
pessoas relacionadas, censo, IDEB, Enem.
Esta
aula sintetizou os principais temas tratados durante o curso,
procurando dar destaque aos limites e possibilidades da avaliação
no contexto escolar.
Foi
analisado através de pesquisas em 3 secretarias que possuíam
avaliações externas próprias e 1 secretaria de educação que
utilizava avaliações externas disponíveis, a utilização de
avaliações em larga escala nas escolas, evidências a partir da
investigação em redes de ensino no Brasil. Tinha como objetivo
tipificar os usos que tem sido feito das avaliações externas em
âmbito escolar. Quatro unidades escolares também foram pesquisadas
em cada rede de ensino.
Pelas
escolas, o uso de avaliações externas foi a partir de desenhos de
avaliação, ou seja, realização de provas simuladas (Bastante
heterogêneo em termos de periodicidade, formato, etc. Objetivos:
treinar os alunos para o preenchimento do gabarito e nas rotinas
específicas da avaliação externa e identificar os conhecimentos
que precisariam ser melhor detalhados em sala de aula). Alterações
nas concepções/forma de avaliação da aprendizagem feita pelos
docentes (Tornar as avaliações realizadas pelos docentes mais
semelhantes ao desenho das avaliações externas: Formato de prova,
tipo de questão, tamanho da prova, conteúdos avaliados).
Planejamento
de atividades de acordo com os descritores das matrizes de referência
da avaliação externa (Orientação, em alguns casos, da Secretaria
de Educação/equipes de gestão para serem incorporados no
planejamento do docente: Adquire importância e peso gradativos no
trabalho escolar cotidiano e na proposta curricular e formação
continuada de professores).
Os
resultados foram: Análise dos resultados da avaliação, Critérios
para formação de grupo de alunos, diversificação de atividades
pedagógicas (Lições de casa, fichas de atividades, interpretação
de texto, revisão, organização de atividades interdisciplinares,
etc), exposição dos resultados aos pais e alunos, elaboração do
plano de ação escolar ou do PPP, cobrança e reconhecimento
interno.
Estes
dados mostram formas diversas de interpretação e assimilação por
parte dos atores educacionais; Entraves no monitoramento ou no apoio
pedagógico dado às escolas por parte das secretarias de educação;
Lacunas na política de formação para o uso dos recursos das
avaliações externas pois ocupa pouco espaço na formação dos
professores em serviço e os resultados não são tão bem
aproveitados no planejamento dos docentes, em função do atraso com
que chegam às escolas. Concluímos que avaliação de desempenho não
é qualidade de ensino, é um indicador e não é o único. Ela
dificulta discutir o que é uma boa educação, porque só se conhece
os resultados em algumas disciplinas e, nelas, só de algumas
habilidades e competências.
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