Biologia (do grego βιος - bios =
vida e λογος - logos = estudo, ou seja, o estudo da vida)
é a ciência que estuda os seres vivos. Debruça a origem, evolução,
o funcionamento dinâmico dos organismos desde
uma escala molecular subcelular
até o nível populacional e interacional, tanto intraespecífica quanto
interespecificamente, bem como a interação da vida com
seu ambiente físico-químico. O estudo destas dinâmicas ao longo do tempo é
chamado, de forma geral, de biologia evolutiva e
contempla o estudo da origem das espécies e populações, bem como das unidades hereditárias
mendelianas, os genes. A biologia abrange um espectro amplo de áreas acadêmicas
frequentemente consideradas disciplinas independentes, mas que, no seu
conjunto, estudam a vida nas mais variadas escalas.
A biologia
molecular é o estudo da biologia ao nível molecular,
sobrepondo-se em grande parte com outras áreas da biologia, nomeadamente a genética e
a bioquímica. Ocupa-se essencialmente das interacções entre os
vários sistemas celulares, incluindo a correlação entre DNA, RNA e a síntese proteica, e de como estas interacções
são reguladas.
A biologia
celular estuda as propriedades fisiológicas das células,
bem como o seu comportamento, interacções e ambiente,
tanto ao nível microscópico como molecular.
Ocupa-se tanto de organismos unicelulares como as bactérias,
como de células especializadas em organismos multicelulares como as dos humanos.
Compreender
a composição e o funcionamento das células é essencial para todas as ciências
biológicas. Avaliar as semelhanças e as diferenças entre os diferentes tipos de
células é particularmente importante para estas duas disciplinas, e é a partir
destas semelhanças e diferenças fundamentais que emerge um padrão unificador
que permite que os princípios deduzidos a partir dum tipo de célula sejam
extrapolados e generalizados para outros tipos de célula.
A genética é
a ciência dos genes, da hereditariedade e
da variação entre organismos.
Na investigação moderna, providencia ferramentas importantes para o estudo da
função dum gene particular e para a análise de interações genéticas. Nos
organismos, a informação genética normalmente está nos cromossomas,
mais concretamente, na estrutura química de cada uma das moléculas de
DNA.
Os genes
codificam a informação necessária para a síntese de proteínas que, por sua vez,
desempenham um papel essencial, se bem que longe de absoluto, na determinação
do fenótipo do
organismo.
A biologia
do desenvolvimento estuda o processo pelo qual os organismos crescem e
se desenvolvem. Confinada originalmente àembriologia, nos
nossos dias estuda o controle genético do crescimento e diferenciação celular e da morfogénese,
o processo que dá origem aos tecidos, órgãos e àanatomia em
geral. Entre as espécies privilegiadas nestes estudos encontram-se o nemátode Caenorhabditis elegans, a
mosca-do-azeite Drosophila melanogaster, o
peixe-zebra Brachydanio rerio ou Danio rerio,
o camundongo Mus musculus, e a erva Arabidopsis thaliana.
O sistema de classificação dominante é conhecido como taxonomia lineana, que inclui conceitos como a estruturação em
níveis e a nomenclatura
binomial. A atribuição de nomes científicos a organismos é regulada
por acordos internacionais como o Código Internacional de Nomenclatura Botânica (ICBN),
o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (ICZN),
e o Código Internacional de Nomenclatura Bacteriana (ICNB).
Um esboço dum código único foi publicado em 1997 numa tentativa de uniformizar
a nomenclatura nas três áreas, mas que parece não ter sido ainda adoptado
formalmente. O Código Internacional de Classificação e Nomenclatura
de Vírus (ICVCN)
não foi incluído neste esforço de uniformização.
A ecologia estuda
a distribuição e a abundância dos organismos vivos, e as
interações dos organismos entre si e com o seu ambiente. O
ambiente de um organismo inclui não só o seu habitat, que pode ser descrito
como a soma dos fatores abióticos locais tais como o clima e a geologia,
mas também pelos outros organismos com quem partilha o seu habitat. Os sistemas
ecológicos são estudados a diferentes níveis, do individual e populacional ao
do ecossistema e
da biosfera.
A ecologia é uma ciência multidisciplinar, recorrendo a vários outros domínios
científicos.
A etologia estuda
o comportamento animal (com
particular ênfase nos animais sociais como os primatas e
os canídeos)
e é por vezes considerada um ramo da zoologia.
Uma preocupação particular dos etólogos prende-se com a evolução do
comportamento e a sua compreensão em termos da teoria da seleção natural. De certo modo, o primeiro
etólogo moderno foi Charles Darwin, cujo livro The
expression of the emotions in animals and men] influenciou muitos etólogos.
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