3.
Educação ambiental: caminhos trilhados, mitos e chavões
Nessa aula, foram abordados o histórico da preocupação ambiental (
1972 – Limites do Crescimento, e Conferência das Nações Unidas
para o Meio Ambiente, 1977 – Conferência Intergovernamental sobre
EA, 1987 - “Nosso futuro comum” onde surgiu o termo
Desenvolvimento Sustentável. Visto a relação com o ambientalismo
no Brasil e o nascimento da Educação Ambiental no contexto
brasileiro e mundial. No Brasil o Movimento Ambientalista
reivindicava o repensar a nossa relação com o meio ambiente. Citado
também a Eco 92, importante conferência mundial sobre o meio
ambiente no RJ. Discutidos alguns mitos e chavões nessa área como:
O conceito de conscientizar as pessoas sobre a Educação Ambiental,
sendo que para haver conscientização, segundo Paulo Freire, devemos
dialogar e não impor ideias às pessoas; Sobre transformar
comportamentos e hábitos aos indivíduos voltados à EA, sendo que a
EA vai muito além disso, quando amamos nosso planeta, nós cuidamos;
Sobre as pessoas precisarem de mais informações para serem mais
ecológicas, sendo que isso não é suficiente para atingir o
objetivo principal da EA; entre outros. Mas o que é educação
ambiental? Antes de responder essa pergunta, devemos responder a
estas: O que buscamos? Que tipo de sociedade queremos? Quais são os
objetivos educacionais de nossas ações, projetos, programas na área
ambiental? Respondendo a estas perguntas, definiremos ao nosso modo
de ver, do que se trata a educação ambiental.
Nessa aula, foram discutidas as vertentes da Educação Ambiental: A
conservadora reformista ou tradicional e a Emancipatória critica
popular. As características da conservadora tradicional são:
Concebe a humanidade como deflagradora e vítima da crise ambiental
(O homem está acabando com o planeta!!); A Problemática ambiental é
decorrente da falta de conhecimentos apropriados dos sistemas
ecológicos; Crise ambiental pode ser solucionada por meio da reforma
e implementação de melhorias ambientais, sem mexer em seus
fundamentos; O problema não está no sistema, que é racional e
eficiente, mas nos sujeitos e comunidades que atuam irracionalmente
e; A transformação da sociedade se daria por meio da somatória de
comportamentos adequados dos indivíduos. A outra vertente chama de
Crítica e Emancipatória tem as características de: Identificar
sujeitos sociais específicos com níveis diferenciados de
responsabilidades ambientais, bem como de exposição aos riscos; Que
a crise ambiental é uma manifestação de uma crise da nossa
civilização, que requer mudanças nos paradigmas; Que cada um fazer
sua parte não solucionará os problemas ambientais; Que o Processo
Educativo deve privilegiar uma postura dialógica, problematizadora e
comprometida com as transformações estruturais da sociedade, por
meio da ação individual e coletiva organizada; Que o processo
educativo é visto como um ato político, como prática social. As
Dimensões da Educação Ambiental é mostrada na figura abaixo:
Na Dimensão dos
Conhecimentos, são fomentados pelas informações, científicos,
diálogo de saberes, descritivos, reducionismo biológico, abordagem
fatalista e A-histórica ou sem história.
Na Dimensão dos
Valores Éticos e Estéticos, fala-se sobre o Juízo de Valores e
percepções, apreciação da natureza- valores intrínsecos,
Superação do utilitarismo (preservar uma coisa porque ela beneficia
diretamente o ser humano e não porque ela tem direito à vida),
novos valores – relação dos seres humanos e natureza.
Na Dimensão
Política, visa a participação coletiva, cidadania, democracia,
autonomia e transformação das relações sociais.
Os aspectos da EA na
legislação pertinente estão na Politica Nacional de EA de 27 de
abril de 1999, Plano Nacional de Educação – PNE e Diretrizes
Curriculares Nacionais para a EA.
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