A aula
tratou da legislação que norteia a educação especial no estado de São Paulo,
apresentando as necessidades que precisam ser incorporadas no âmbito da
educação e alguns modelos de instrumentos utilizados.
O que é Educação Especial? É um
processo definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços
educacionais especiais, organizados institucionalmente, para apoiar,
complementar e suplementar o ensino regular de educandos que apresentem
necessidades educacionais especiais. O atendimento se dá, preferencialmente, em
classes comuns do ensino regular. As escolas poderão contar com o apoio das
instituições, órgãos públicos e a colaboração das entidades privadas.
Existem também os Serviços de Apoio
Pedagógico Especializado – SAPE, que dá apoio aos alunos que têm uma severa
deficiência mental ou múltipla com serviços, dentro da escola regular, de
professor especializado e exclusivo. Quem decide se o aluno necessita deste
apoio especializado é uma equipe de profissionais indicados e a família do
aluno. O SAPE conta com diversos recursos para todos os tipos de deficiência.
Cabe aos professores especializados: Participar da elaboração da proposta
pedagógica da escola; Elaborar plano de trabalho para a demanda específica na
escola ou região; Integrar os conselhos de classes; Orientar equipes escolares
quanto à inclusão; Oferecer apoio técnico e pedagógico aos professores comuns;
Orientar e atender os responsáveis pelos alunos e comunidade. Os alunos
especiais que não conseguirem ir até o final do ensino regular, poderá pedir
uma certificação da série que concluiu, como exemplo, se ele concluiu até a
quinta série, receberá uma certificação equivalente aos seus conhecimentos de
quinta série.
A
professora apresentou os principais pontos referentes ao Estatuto da Criança e
do Adolescente, no que tange principalmente à Educação e à Inclusão Social.
Apontou ainda os principais ganhos destes 25 anos e as dificuldades enfrentadas
e a se enfrentar. “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar que à
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão” (CF/1988, art 277). Através deste
artigo da Constituição Federal, foi baseada a premissa do Estatuto da Criança e
do Adolescente – ECA que são, no país, cerca de 59,7 milhões. O ECA veio para
fazer mudança de paradigmas que, quando o país criou a primeira Lei de Código
de Menores em 1927, o que era
“dominação” virou democratização. As Leis anteriores não eram para todas
as crianças e adolescentes e sim para as de classe alta. Hoje temos uma Lei
para todas as crianças a adolescentes mas ainda temos muitas desigualdades.
11. Programas e Ações Governamentais em âmbito Federal
e Estadual na área da Educação Inclusiva
O professor apresenta os principais instrumentos e
programas utilizados para a promoção da educação inclusiva no Brasil. São eles:
Programa escola acessível (Promover todo tipo de acessibilidade arquitetônica
dos prédios escolares), Transporte escolar acessível (Realiza ações de apoio à
disponibilização de transporte escolar acessível para o transporte diário de
estudantes da educação básica pública),
Salas de Recursos Multifuncionais (apoiar a organização e a oferta do
Atendimento Educacional Especializado, disponibiliza às escolas públicas todo
os insumos necessários), Formação Continuada de Professores na Educação
Especial (Apoiar a formação continuada de professores para atuar nas salas de
recursos multifuncionais e em classes comuns do ensino regular. Exemplo: Oferta
cursos do nível de aperfeiçoamento e especialização), BPC na escola (Monitorar
o acesso e permanência na escola dos Beneficiários do Benefício de Prestação
Continuada – BPC com deficiência), Programa Incluir - Acessibilidade à Educação
Superior (Promover a inclusão de estudantes com deficiência, na educação superior,
garantindo condições de acessibilidade nas Instituições Federais de Educação
Superior), Educação Inclusiva: direito à diversidade (Apoiar a formação de
gestores e educadores, a fim de transformar os sistemas educacionais em
sistemas educacionais inclusivos), Livro Acessível (Promover a Acessibilidade,
no âmbito do Programa Nacional Livro Didático – PNLD e Programa Nacional da
Biblioteca Escolar), Prolibras (Programa Nacional para a certificação de
proficiência no uso e ensino da Língua Brasileira de Sinais), Centro de
Formação e Recurso ( CAP – Centro de Apoio para Atendimento às Pessoas com
Deficiência Visual, CAS – Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e
de Atendimento Às pessoas com Surdez e NAAH/S – Núcleos de Atividades de Altas
Habilidades/Superdotação).
Esta aula teve como finalidade discutir sobre o papel do
público e do privado na Educação Especial do Brasil. Iniciou-se com uma
apresentação histórica, opiniões de alguns escritores brasileiros (Marcos
Mazzota, Marcia Kassar, Isaias Pessoti) e tratou das instituições privadas
tradicionais que atuam no setor. Iniciativas isoladas (privadas e públicas):
Deficientes visuais (Instituto Benjamin Constant, antigo Instituto dos Meninos
Cegos (1854), Instituto de Cegos Padre Chico (1958), Fundação Dorina Norwill
para Cegos, antiga Fundação para o Livro Cego no Brasil – FLCB (1946)).
Deficientes auditivos (Instituto Nacional de Educação de Surdos, antigo
Instituto dos Surdos Mudos (1857), Instituto Santa Terezinha (1929), Escola
Municipal de Ed. Infantil de 1° grau para Deficientes Auditivos Hellen Keller
(1952), Instituto Educacional São Paulo – IESP (1954)). Deficientes Físicos
(Santa Casa de Misericórdia em SP (1931), Lar-Escola São Francisco, SP (1943),
AACD-SP (1950)). Deficientes mentais (Instituto Pestalozzi de Canoas (1926),
Sociedade Pestalozzi de MG (1935), Sociedade Pestalozzi de SP (1952), Sociedade
Pestalozzi do RJ (1948), APAE- RJ (1954), APAE-SP (1961)).
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