9. Aprendizagem baseada
em problemas
Estamos em uma época
marcada por mudanças e uma nova lógica de viver. No livro Educação na Era Digital,
escrito por GOMEZ em 2015, o desenvolvimento da humanidade pode ser dividido em
04 períodos: idade da pedra (1.000.000 – 6.000 AC), época agrícola (6.000 AC –
Sec. XVIII), era industrial (Sec. XVIII – Sec. XX) e era da informação (do ano
de 1975 em diante). A era de informação trouxe novas tecnologias e em
consequência novas atividades, novos modos de comunicação e relacionamento. Porém,
ao mesmo tempo, temos a permanência de desigualdades sociais, a permanência de
contradições, do tradicional e aparecimento de novas diferenças pois, é difícil
fazer com que todos tenham a compreensão e acesso as novas tecnologias, de
forma que é difícil integra-las a esta nova realidade. O
modelo de aprendizagem baseada em problemas pode ser visto como uma interação
entre o sujeito que aprende e os objetos de conhecimento. O aluno tem que
questionar, pesquisar e descobrir coisas novas, que até mesmo o professor não
havia pensado e, desse modo, o foco passa do ensino para a aprendizagem. Nesta
aula, foi mostrado a utilização desse modelo em programas desenvolvidos com alunos
da USP Leste e da Universidade Federal de São Carlos.
10. Tecnologias e
espaços colaborativos mediando a aprendizagem na educação
11. O desafio de
reinventar a escola
Considerando as características do nosso mundo e,
em função delas, a necessidade de se construir uma escola mais ajustada aos
alunos de hoje, a aula citou três aspectos que deveriam nortear a revisão do
ensino: princípios, meios e metas.
Para criar/reinventar a nova escola é preciso revisar
as concepções, práticas e conteúdos que são aplicados na educação e também se
apropriar da tecnologia e inseri-la na prática educacional. A reforma deve ser
ampla e deve incidir sobre os princípios, os meios e as metas. Quanto aos Princípios,
devemos mudar o saber quantitativo para um saber qualidade, ou seja, menor
quantidade de informações, porém mais com qualidade. Pensando nos Meios,
devemos mudar do processo de transmissão do conhecimento para o de construção
do conhecimento, aplicando metodologias ativas. E no que diz respeito às Metas,
devemos ter como objetivo a formação de um ser humano capaz de se inserir na
sociedade. O papel do professor nesta nova escola, neste processo de educação,
é estimular, promover ações colaborativas e criar condições para que os alunos
possam assumir o seu papel ativo na construção do conhecimento. Também cabe ao
professor, ampliar a utilização e apropriação das novas tecnologias no ambiente
escolar, de forma integrada com os processos mentais e promover uma aprendizagem
interativa e baseada em situações reais.
12. Tecnologia e
educação
Ao discutir as dificuldades do uso da tecnologia
na escola, a aula defendeu a necessidade de se conciliar, no ensino, modernidade
e humanização, e apresentou os princípios básicos para a apropriação da
tecnologia. Como exemplo, mostra um game baseado na resolução de problemas.
Uma das metodologias que vem sendo integrada na
educação é o Aprendizado Baseado em Problemas, onde não existe a
figura do professor tradicional e sim de um professor tutor que tem a responsabilidade
de auxiliar e motivar os alunos para que tenham contato com a complexidade da sociedade.
Neste método, a partir de um problema é feita a integração das disciplinas. O
processo é dividido em etapas, onde o aluno formam grupos de trabalho, vão a
campo, fazem a identificação do problema, pesquisam sobre o assunto, associam o
que foi pesquisado com sua vivência, refletem sobre o tema e baseados nesta
reflexão, elaboram um relatório descrevendo as etapas do processo e propõe uma
intervenção para o problema. Um exemplo de
local criado com a intenção de incorporar as tecnologias no processo educativo
é o Laboratório
de Inovação em Governo. Este local é um espaço criado em parceria
com várias entidades: Fundação do Desenvolvimento Administrativo (FUNDAP), Universidade
de São Paulo (USP), das Secretarias Estaduais do Planejamento e do Desenvolvimento;
da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE); e do Centro de
Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (CEPAM). Uma parte do espaço é utilizada para que as pessoas possam se reunir em
grupo e outra parte do espaço é formada por ferramentas tecnológicas a serviço
do desenvolvimento de projetos baseados em problemas.