Competência

"Competência é saber fazer bem o que é preciso fazer..."

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Processos de Avaliação Semana 02

3. Avaliação da aprendizagem

Foi apresentado uma retrospectiva histórica dos principais marcos interpretativos presentes nos estudos sobre avaliação da aprendizagem, relacionando-os com prescrições presentes na legislação educacional. Através de pesquisas, a avaliação de aprendizagem, a partir da década de 30, teve seu enfoque psicológico, ou seja, os interessados em avaliar pessoas era, basicamente, os psicólogos, a fim de observar as atitudes dos avaliados. Depois, em meados de 1950 e 1960, o enfoque mudou, dando ênfase ao sociológico, sociólogos buscando respostas por meio de avaliações. Seguindo, em meados de 1970, foi a vez do enfoque econômico por privilegiados estudos de natureza econômica, inspirados na teoria do capital humano, onde acreditava-se que o problema da educação era relativo à situação financeira e posição na sociedade. Então podemos dizer que durante este período houve a passagem de uma concepção de avaliação enquanto mensuração, por meio de testes voltados para a medida de habilidades e aptidões dos alunos, para uma concepção voltada para a dimensão tecnológica da avaliação, com ênfase em seu caráter cientificista e nos métodos e procedimentos operacionais. Tais concepções, no entanto, não operam uma ruptura entre si, alinham-se na busca da eficiência da avaliação.
A partir de 1980, foi onde houve a valorização do conhecimento sobre o funcionamento interno da escola, tendo como ênfase uma perspectiva sociológica. Tendo como principais questões: como tem sido praticada a avaliação escolar, o que tem sido avaliado e para que se faz avaliação. Nos anos 90, continua-se esta prática de avaliação porém, com ênfase nas avaliações ecternas e em larga escala, repercussões no currículo escolar e, por consequência, na avaliação de aprendizagem. Esta avaliação de aprendizagem, nos anos 30 a 50, era tratada como procedimento de medida, de atribuição de notas aos alunos, em razão de seu desempenho em provas e exames. Tinha como finalidade a classificação do aluno de acordo com o nível de aproveitamento apresentado nas diversas disciplinas, tendo em vista a seleção daqueles com condições de prosseguir ou concluir os estudos. Era exclusivamente uma prática classificatória do aluno. A tarefa de avaliar era exclusiva do professor, prevendo-se a presença de um avaliador externo nas avaliações finais.
Nos anos 60, este processo de avaliação foi um pouco mais ampliado, onde a verificação de aprendizagem era de uma maneira contínua e cumulativa, ao longo de todo ano letivo. O responsável pela avaliação ainda era o professor porém, no momento do “juízo definitivo”, o aluno seria acompanhado por uma comissão examinadora.
A partir de 1970, a avaliação era entendida como verificação do rendimento escolar e apuração de assiduidade. A avaliação era um processo que visava acompanhar o alcance dos objetivos propostos, tendo como referências metas educacionais estabelecidas, devendo servir à aprendizagem dos alunos. Tinha como princípios a continuidade, a amplitude, a compatibilidade com os objetivos propostos, preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e o professor decidindo sobre os procedimentos e instrumentos a serem utilizados.


4. Concepções e práticas avaliativas

Nesta aula, foi proposto analisar concepções e práticas avaliativas, dominantes em contextos escolares, com vistas a apreciar suas implicações para os processos de ensino e de aprendizagem.
Infelizmente, ainda não se superou algumas ideias errôneas relativas à avaliação. Ocorrem tendências divergentes entre Avaliação x Medida (Avaliar um aluno não é somente aplicar provas ou exames, e sim analisar seu aprendizado como um todo...), Aprendizagem x Notas (As notas são somente um instrumento de avaliação e não a avaliação em si...), Função classificatória (quem é melhor ou pior aluno, quem deve ser promovido ou quem deve ser retido...) e controle e adaptação de condutas educacionais e sociais (disciplinamento, espécie de “ameaça” quando o aluno não segue uma conduta condizente com a escola). Portanto, o desafio é mudar essa visão a fim de que a avaliação sirva para outras finalidades como Diagnosticar (estágio de desenvolvimento dos alunos), Retroinformar (Replanejamento de ensino), Favorecer o desenvolvimento individual (Auto-avaliação dos alunos). Importante haver inclusão e não exclusão escolar.
Então devemos trabalhar com um Projeto Educacional que será nosso ponto de partida e de chegada da avaliação. Neste projeto deve haver algumas questões relacionadas como: Qual é o nosso projeto educacional? Quais os princípios que devem orientar a organização do trabalho escolar? Qual é o nosso compromisso com os alunos desta escola, e para além destes, com a construção de uma escola de qualidade? O que entendemos por qualidade? São questões reflexivas que visam melhorar o todo processo de avaliação.


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