1.
Introdução ao tema e apresentação do curso
Esta
aula teve como objetivo apresentar a disciplina e introduzir os
graduandos à temática da avaliação educacional, a partir da
apresentação de um breve histórico da avaliação educacional,
ressaltando-se aspectos do desenvolvimento dessa temática no Brasil.
Os
módulos desta disciplina, foram divididos em 3 partes: Conceitos
Básicos da Avaliação, Prática avaliativa na sala de aula e
Avaliação da qualidade de ensino.
Os
objetivos da disciplina são: Conhecer e analisar as principais
concepções e práticas de avalização da aprendizagem; Relacionar
tais práticas com suas implicações nos processos de ensino e de
aprendizagem; Identificar práticas avaliativas; Instrumentalizar os
estudantes para acompanhar os debates em torno das avaliações em
larga escala e dos indicadores educacionais existentes do Brasil.
Sobre
avaliação, ela está presente em toda atividade humana, a todo
momento estamos avaliando algo. Existem avaliações informais
(impressionista) e avaliação formal (sistematizada). O foco do
curso será na avaliação formal. As ideias relacionadas à
avaliação escolar remetem à competitividade, pressão,
classificação e infelizmente faz com que o professor compare seus
alunos. Muitos alunos têm ideia de punição quando não tiram uma
boa nota por estudarem e não corresponderem isso nas provas, o que
dá a eles, um sentimento de fracasso. O ato avaliativo de um
professor nem sempre é um dos melhores, podendo ter falhas. Ou
quando fizeram seu curso inicial ou mesmo sem foco quando avaliam.
Na
prática avaliativa devemos ter em mente algumas questões, são
elas: Para que avaliar? O que avaliar? Quando avaliar? Como avaliar?
Como julgar os aprendizados dos alunos? O que fazer a partir destes
resultados?
No
planejamento da avaliação deve-se sempre ser levado em conta a
preparação, aplicação, análise e interpretação, devolutiva
(não avaliar somente por uma nota e sim por um conceito), tudo isso
em torno do tempo utilizado. Por isso os desafios da avaliação
escolar são de relacionar o ensino e a aprendizagem, instaurar uma
nova cultura avaliativa nas escolas (classificatória e seletiva),
para instrumento de apoio, inserir a avaliação no Projeto
Pedagógico da Escola, deixar claro os critérios avaliativos e
produzir instrumentos avaliativos claros, válidos e diversos. Às
vezes ocorre contradições nas avaliações, visando o exterior e
não o interior.
2. Avaliação
Educacional: iniciando nossa conversa
Nesta
aula foi definido avaliação educacional, explorando, em especial, a
diferença entre as noções de medir e avaliar, com ênfase na
dimensão valorativa presente no ato de julgamento. Ainda,
pretendeu-se caracterizar a abrangência do campo da avaliação
educacional, identificando diferentes focos que podem se constituir
em objeto da avaliação.
A
professora Sandra Zakia Rosa começou a aula definindo avaliação
como uma determinação do valor ou mérito de um objeto, seja o que
for que estiver sendo avaliado. Provém do latim a-valere que
significa “dar valor a”. É um ato de determinar se um dado
objeto possui determinadas características ou configuração, é uma
operação de quantificação.
Importante
frizar que avaliação não são as notas, conceito, prova, isto são
os meios de avaliação e não avaliação em si. A prova só traz
evidências que o indivíduo atendeu as expectativas esperadass. As
notas e conceitos são simplesmente uma representação simplificada
do julgamento da avaliação e não é avaliação em si. Os
processos da avaliação seriam descrição, análise, julgamento,
decisão e ação. Não adianta avaliar se não subsidiar uma tomada
de caráter político, pedagógico e administrativo. Avaliar serve
para induzir ações, redirecionar trajetórias, permitir escolhas
informadas e identificar tendências e necessidades futuras.
Na
educação, a avaliação permite-se foco em várias vertentes, são
elas: de aprendizagem, institucional, de programas educacionais, em
larga escala, decente, entre outras. Estes focos são para
desenvolver reflexões, análises, diferentes desafios.
Concluindo,
a avaliação constitui-se em um meio e não em um fim em si mesma,
servindo como apoio à tomada de decisões. Ela deve ser entendida
como um processo associado a um projeto educacional e social, ou
seja, não é uma atividade meramente técnica, implica num
posicionamento político e inclui valores e princípios. Portanto,
ela tem uma dimensão educativa, ou deseducativa, depende do ponto de
vista de a utilizarmos corretamente.
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