5.
Tipos e funções da avaliação de aprendizagem
O objetivo dessa aula foi discutir as semelhanças e diferenças
entre avaliações com propósitos somativos e formativos, suas
implicações para o sucesso ou fracasso dos alunos e para o
planejamento dos professores. Tratou também dos tipos de avaliação
pelo momento em que são praticadas e que se pode mostrar no interior
de uma escola: avaliação diagnóstica, avaliação processual e
avaliação final.
Iniciou-se
falando sobre os marcos legais. Na LDB, o art. 24 destaca princípios
da avaliação do rendimento escolar como: avaliação contínua e
cumulativa de desempenho do aluno e prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Através dos PCNs, a avaliação
deve ser processual, diagnóstica e formativa.
Os
tipos de avaliação podem ser: Por propósito (Somativa, Formativa),
por momento de aplicação (diagnóstica, processual,
acumulativa/final), por referencial de análise (normativa e
criteriada).
A
avaliação por propósito somativa é a mais conhecida e utilizada
para certificar um dado conhecimento, classificar, selecionar e
definir o destino dos alunos de acordo com as normas escolares. São
utilizadas notas para comparar desempenhos e fundamentar necessidade
de classificação de alunos. Neste método, a ênfase não está nos
objetivos do processo educativo mas, nos resultados obtidos, como por
exemplo, num concurso.
Já
a avaliação formativa se fundamenta nos processos de aprendizagem.
Avalia o que se ensina. Ela incide sobre o professor e o plano de
ensino, exige observação e registro por parte do professor e do
aluno, contém a avaliação feita por outros e a auto-avaliação.
Pela
avaliação por momento de aplicação, a avaliação diagnóstica
tem dois objetivos básicos: identificar conhecimento, habilidades ou
competências do aluno e adequar o aluno num grupo ou nível de
aprendizagem. Nesta avaliação o professor identifica interesses,
aptidões, traços de personalidade, grau de desenvolvimento para
traçar seus objetivos.
Avaliação
acumulativa consiste na avaliação em momentos específicos ao longo
de um curso. Pode consistir na verificação realizada no fim de um
percurso de formação, num bimestre ou semestre.
Avaliação
processual consiste, como o nome já diz, num processo realizado ao
longo do período de ensino-aprendizagem. Tem objetivos e
instrumentos diversificados.
Mas
o que avaliar? O objetivo da avaliação depende da finalidade da
educação e do conceito de ensino. Grande dúvida é se ela tem que
ser por objetivos, livre, por habilidades e competências. Por isso,
há o desafio de se fazer uma avaliação condizente com as
concepções de ensino/ aprendizagem no processo educativo e deve
estar relacionada ao que se foi trabalhado. Deve-se definir seus
objetivos, como por exemplo, o desenvolvimento da capacidade de
apreciação artística ou um pensamento crítico. Para isso
acontecer, deve-se dar atividades relacionadas a cada objetivo que se
quer alcançar.
O objetivo dessa aula foi discutir instrumentos avaliativos
utilizados pelos professores, destacando alguns princípios que devem
ser levados em consideração no momento de planejamento da atividade
avaliativa. Buscou-se subsidiar os graduandos com instrumentos e
abordagens avaliativas que poderão ser utilizados em seu cotidiano
enquanto docentes da Educação Básica. Foi mostrado também algumas
características de instrumentos avaliativos como pauta de
observação, portfólios e provas. Qual seria o planejamento de uma
avaliação? Definir o que avaliar do currículo ensinado no período;
Analisar as informações que precisam ser coletadas para basear o
julgamento; Escolher indicadores avaliativos (comportamentos
observáveis); Definir as respostas esperadas para cada indicador
avaliativo/critérios avaliativos; Registrar os critérios
avaliativos e, se possível, compartilhá-los com alunos. Sobre
instrumentos avaliativos, existem vários e alguns bem conhecidos.
São eles: Provas (escritas, orais ou práticas), seminários (grupos
e/ou individual), trabalhos de pesquisa, resumos e/ou resenhas de
livros, exercícios em aula, questionários, atividades de minuto,
cadernos ou outros materiais dos alunos, portfólio, pautas ou
registros de observação, autoavaliação (com critérios sugeridos
pelos professores ou livre), participação ou frequência as aulas.
Foi detalhado melhor sobre alguns instrumentos avaliativos mostrados
a seguir. As pautas de observação. São instrumentos que organizam
as informações que o professor obtém durante o processo de
ensino-aprendizagem, devidamente estruturados, definidos ou
originados de observação direta. Eles permitem a objetivação da
avaliação em processo. Exemplo de pauta de observação abaixo:
Sobre o portfólio,
são diferentes tipos de documentos que proporcionam evidências de
um crescimento e progresso na aprendizagem, fazendo referência aos
esforços realizados para alcançar os objetivos acordados. Eles são
compostos por anotações pessoais, experiências de aula, trabalhos
pontuais, representações visuais, etc. As vantagens do portfólio é
o fortalecimento da autoavaliação, o desenvolvimento da capacidade
reflexiva, a ampliação das bases conceituais, o ressignificar da
aprendizagem e da avaliação contínua. Porém, tem seus limites nas
dificuldades devolutivas em classes numerosas e exige habilidade para
a comunicação escrita e expressão. Outro instrumento,às vezes
bastante criticados por diversos teóricos, é a prova. Este
instrumento é utilizado para a coleta de informações sobre
conhecimentos e/ou habilidades dos alunos. Ela precisa ser
interpretada e não meramente corrigida, devendo haver reflexão
sobre o resultado obtido onde permite o professor reavaliar seu
trabalho. Os tipos de itens de um prova são: Questões de múltipla
escolha (Difícil de construir porém com a vantagem de correção
rápida e objetivação da análise e interpretações); Questões
discursivas (perguntas, proposição de problemas, apresentação de
argumentos, casos para análise. Sua correção é mais demorada e
sua análise e interpretação requer a construção de critério
objetivo de correção). Algumas questões para o preparo da prova:
clareza do objetivo de cada pergunta; manter coerência com os
conteúdos e estratégias utilizadas durante as aulas; adequação
das questões ao nível dos alunos; distribuição entre fáceis,
médias e difíceis; contextualizar as questões ou apresentá-las de
forma a provocar o raciocínio; planejar a prova com antecedência;
atenção ao tamanho da prova, detalhes e linguagem; evitar perguntas
genéricas como “comente sua opinião” pois dificultam a
correção. Na análise de resultados é importante salientar algumas
questões de aprendizado, objetivos atingidos, materiais didáticos,
etc. Então devemos analisar as práticas avaliativas, as abordagens
inseridas e notar ênfases no instrumento específico utilizado.