Competência

"Competência é saber fazer bem o que é preciso fazer..."

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Psicologia da Aprendizagem Semana 03




9. Aprendizagem baseada em problemas

        Estamos em uma época marcada por mudanças e uma nova lógica de viver. No livro Educação na Era Digital, escrito por GOMEZ em 2015, o desenvolvimento da humanidade pode ser dividido em 04 períodos: idade da pedra (1.000.000 – 6.000 AC), época agrícola (6.000 AC – Sec. XVIII), era industrial (Sec. XVIII – Sec. XX) e era da informação (do ano de 1975 em diante). A era de informação trouxe novas tecnologias e em consequência novas atividades, novos modos de comunicação e relacionamento. Porém, ao mesmo tempo, temos a permanência de desigualdades sociais, a permanência de contradições, do tradicional e aparecimento de novas diferenças pois, é difícil fazer com que todos tenham a compreensão e acesso as novas tecnologias, de forma que é difícil integra-las a esta nova realidade. O modelo de aprendizagem baseada em problemas pode ser visto como uma interação entre o sujeito que aprende e os objetos de conhecimento. O aluno tem que questionar, pesquisar e descobrir coisas novas, que até mesmo o professor não havia pensado e, desse modo, o foco passa do ensino para a aprendizagem. Nesta aula, foi mostrado a utilização desse modelo em programas desenvolvidos com alunos da USP Leste e da Universidade Federal de São Carlos.



10. Tecnologias e espaços colaborativos mediando a aprendizagem na educação

A tecnologia e os espaços que estimulam a cooperação precisam ser entendidas como aliados em processos de formação e educação. Nesta aula, foi apresentado o Laboratório de Inovação em Governo, que mostra como os espaços educativos podem ser construídos de forma a atender às demandas recentes por novos modelos educativos. Na educação temos a convivência entre diferentes realidades, onde existem escolas que ainda praticam a mesma educação do século passado e outras que já incorporaram tecnologias e novas formas de ensino. A necessidade de reinventar a escola vem da necessidade da educação aproximar do aluno desta nova realidade. Deve ser pensada em função de dois eixos: o extraescolar e o eixo da própria escola. Compõe o eixo escolar, a mudança nos modos de aprender e se relacionar com a informação, os novos recursos tecnológicos e os novos apelos sociais e do mercado de trabalho. Já o eixo da própria escola é composto pelo desafio da inserção no mundo letrado, a popularização dos bens culturais e a luta por uma escola democrática e de qualidade. A incorporação da tecnologia pela escola tem ocorrido de forma muito lenta e existe certa resistência de parte dos professores a incorporação das tecnologias e mesmo nos locais onde houve alguma inserção das ferramentas tecnológicas, não houve mudança na lógica do processo educativo e uma verdadeira apropriação das tecnologias no processo educativo.


11. O desafio de reinventar a escola

Considerando as características do nosso mundo e, em função delas, a necessidade de se construir uma escola mais ajustada aos alunos de hoje, a aula citou três aspectos que deveriam nortear a revisão do ensino: princípios, meios e metas.
Para criar/reinventar a nova escola é preciso revisar as concepções, práticas e conteúdos que são aplicados na educação e também se apropriar da tecnologia e inseri-la na prática educacional. A reforma deve ser ampla e deve incidir sobre os princípios, os meios e as metas. Quanto aos Princípios, devemos mudar o saber quantitativo para um saber qualidade, ou seja, menor quantidade de informações, porém mais com qualidade. Pensando nos Meios, devemos mudar do processo de transmissão do conhecimento para o de construção do conhecimento, aplicando metodologias ativas. E no que diz respeito às Metas, devemos ter como objetivo a formação de um ser humano capaz de se inserir na sociedade. O papel do professor nesta nova escola, neste processo de educação, é estimular, promover ações colaborativas e criar condições para que os alunos possam assumir o seu papel ativo na construção do conhecimento. Também cabe ao professor, ampliar a utilização e apropriação das novas tecnologias no ambiente escolar, de forma integrada com os processos mentais e promover uma aprendizagem interativa e baseada em situações reais.


12. Tecnologia e educação

Ao discutir as dificuldades do uso da tecnologia na escola, a aula defendeu a necessidade de se conciliar, no ensino, modernidade e humanização, e apresentou os princípios básicos para a apropriação da tecnologia. Como exemplo, mostra um game baseado na resolução de problemas. Uma das metodologias que vem sendo integrada na educação é o Aprendizado Baseado em Problemas, onde não existe a figura do professor tradicional e sim de um professor tutor que tem a responsabilidade de auxiliar e motivar os alunos para que tenham contato com a complexidade da sociedade. Neste método, a partir de um problema é feita a integração das disciplinas. O processo é dividido em etapas, onde o aluno formam grupos de trabalho, vão a campo, fazem a identificação do problema, pesquisam sobre o assunto, associam o que foi pesquisado com sua vivência, refletem sobre o tema e baseados nesta reflexão, elaboram um relatório descrevendo as etapas do processo e propõe uma intervenção para o problema. Um exemplo de local criado com a intenção de incorporar as tecnologias no processo educativo é o Laboratório de Inovação em Governo. Este local é um espaço criado em parceria com várias entidades: Fundação do Desenvolvimento Administrativo (FUNDAP), Universidade de São Paulo (USP), das Secretarias Estaduais do Planejamento e do Desenvolvimento; da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE); e do Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (CEPAM). Uma parte do espaço é utilizada para que as pessoas possam se reunir em grupo e outra parte do espaço é formada por ferramentas tecnológicas a serviço do desenvolvimento de projetos baseados em problemas.

domingo, 30 de agosto de 2015

Educação e Inclusão Social Semana 03

9. Marcos Jurídicos e Conceituais 2: Estado de São Paulo

            A aula tratou da legislação que norteia a educação especial no estado de São Paulo, apresentando as necessidades que precisam ser incorporadas no âmbito da educação e alguns modelos de instrumentos utilizados.
            O que é Educação Especial? É um processo definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente, para apoiar, complementar e suplementar o ensino regular de educandos que apresentem necessidades educacionais especiais. O atendimento se dá, preferencialmente, em classes comuns do ensino regular. As escolas poderão contar com o apoio das instituições, órgãos públicos e a colaboração das entidades privadas.
            Existem também os Serviços de Apoio Pedagógico Especializado – SAPE, que dá apoio aos alunos que têm uma severa deficiência mental ou múltipla com serviços, dentro da escola regular, de professor especializado e exclusivo. Quem decide se o aluno necessita deste apoio especializado é uma equipe de profissionais indicados e a família do aluno. O SAPE conta com diversos recursos para todos os tipos de deficiência. Cabe aos professores especializados: Participar da elaboração da proposta pedagógica da escola; Elaborar plano de trabalho para a demanda específica na escola ou região; Integrar os conselhos de classes; Orientar equipes escolares quanto à inclusão; Oferecer apoio técnico e pedagógico aos professores comuns; Orientar e atender os responsáveis pelos alunos e comunidade. Os alunos especiais que não conseguirem ir até o final do ensino regular, poderá pedir uma certificação da série que concluiu, como exemplo, se ele concluiu até a quinta série, receberá uma certificação equivalente aos seus conhecimentos de quinta série. 

10. ECA – Lei 8.069/1990

            A professora apresentou os principais pontos referentes ao Estatuto da Criança e do Adolescente, no que tange principalmente à Educação e à Inclusão Social. Apontou ainda os principais ganhos destes 25 anos e as dificuldades enfrentadas e a se enfrentar. “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar que à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão” (CF/1988, art 277). Através deste artigo da Constituição Federal, foi baseada a premissa do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA que são, no país, cerca de 59,7 milhões. O ECA veio para fazer mudança de paradigmas que, quando o país criou a primeira Lei de Código de Menores em 1927, o que era  “dominação” virou democratização. As Leis anteriores não eram para todas as crianças e adolescentes e sim para as de classe alta. Hoje temos uma Lei para todas as crianças a adolescentes mas ainda temos muitas desigualdades.



            Em 25 anos do ECA, muita coisa melhorou porém, ainda existem algumas divergências, como exemplo, reduziu-se a mortalidade infantil mas aumentou o homicídio entre as crianças e adolescentes, cerca de 28 mortes por dia. O ECA ainda precisa ser efetivado no nosso país e isso não vai acontecer se nós não contribuirmos.


11. Programas e Ações Governamentais em âmbito Federal e Estadual na área da Educação Inclusiva

O professor apresenta os principais instrumentos e programas utilizados para a promoção da educação inclusiva no Brasil. São eles: Programa escola acessível (Promover todo tipo de acessibilidade arquitetônica dos prédios escolares), Transporte escolar acessível (Realiza ações de apoio à disponibilização de transporte escolar acessível para o transporte diário de estudantes da educação básica pública),  Salas de Recursos Multifuncionais (apoiar a organização e a oferta do Atendimento Educacional Especializado, disponibiliza às escolas públicas todo os insumos necessários), Formação Continuada de Professores na Educação Especial (Apoiar a formação continuada de professores para atuar nas salas de recursos multifuncionais e em classes comuns do ensino regular. Exemplo: Oferta cursos do nível de aperfeiçoamento e especialização), BPC na escola (Monitorar o acesso e permanência na escola dos Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada – BPC com deficiência), Programa Incluir - Acessibilidade à Educação Superior (Promover a inclusão de estudantes com deficiência, na educação superior, garantindo condições de acessibilidade nas Instituições Federais de Educação Superior), Educação Inclusiva: direito à diversidade (Apoiar a formação de gestores e educadores, a fim de transformar os sistemas educacionais em sistemas educacionais inclusivos), Livro Acessível (Promover a Acessibilidade, no âmbito do Programa Nacional Livro Didático – PNLD e Programa Nacional da Biblioteca Escolar), Prolibras (Programa Nacional para a certificação de proficiência no uso e ensino da Língua Brasileira de Sinais), Centro de Formação e Recurso ( CAP – Centro de Apoio para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual, CAS – Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento Às pessoas com Surdez e NAAH/S – Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação).

12. O público, o privado e a Educação Especial

Esta aula teve como finalidade discutir sobre o papel do público e do privado na Educação Especial do Brasil. Iniciou-se com uma apresentação histórica, opiniões de alguns escritores brasileiros (Marcos Mazzota, Marcia Kassar, Isaias Pessoti) e tratou das instituições privadas tradicionais que atuam no setor. Iniciativas isoladas (privadas e públicas): Deficientes visuais (Instituto Benjamin Constant, antigo Instituto dos Meninos Cegos (1854), Instituto de Cegos Padre Chico (1958), Fundação Dorina Norwill para Cegos, antiga Fundação para o Livro Cego no Brasil – FLCB (1946)). Deficientes auditivos (Instituto Nacional de Educação de Surdos, antigo Instituto dos Surdos Mudos (1857), Instituto Santa Terezinha (1929), Escola Municipal de Ed. Infantil de 1° grau para Deficientes Auditivos Hellen Keller (1952), Instituto Educacional São Paulo – IESP (1954)). Deficientes Físicos (Santa Casa de Misericórdia em SP (1931), Lar-Escola São Francisco, SP (1943), AACD-SP (1950)). Deficientes mentais (Instituto Pestalozzi de Canoas (1926), Sociedade Pestalozzi de MG (1935), Sociedade Pestalozzi de SP (1952), Sociedade Pestalozzi do RJ (1948), APAE- RJ (1954), APAE-SP (1961)).





quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Meio Ambiente e Sustentabilidade Semana 03

5. Projetos de intervenção em Educação Ambiental

Nessa aula, foram abordadas as etapas para elaboração de um projeto de intervenção educativa na área socioambiental. O que seria um projeto? Algo que queremos, algo que precisa ser planejado, com etapas, maneiras deste ato se concretizar. Como exemplo de projeto, um tipo de intervenção educativa e ambiental. As etapas do projeto seriam: Introdução (caracterização, contexto socioambiental), Justificativa ( por quê o projeto é fundamental?, importância, benefícios), Objetivos gerais (pretenção, especificidade no querer, contribuição, etc...), Referencial teórico/ revisão de Literatura ( Base do projeto, missão, referência de autores), Método / procedimentos (Como alcançar os objetivos, local, público, ações, atividades, procedimentos detalhados), Avaliação (Como, quem e quando o projeto será avaliado) e um Modelo de Cronograma.

Adicionalmente, foram apresentados alguns exemplos de ações antieducativas na área ambiental (Enfoque na reciclagem como solução para todos os problemas, Participação com vistas em compensação, Ações voltadas à gestão de resíduos desconsiderando os aspectos envolvidos, educação prescritiva, Ações de informação tidas como único programa de EA, Linguagens e estratégias educativas desconsiderando diferentes públicos, Ausência de diálogo sobre objetivos mais amplos de EA).





























6. Direito Ambiental e Cidadania

Nesta aula, foram discutidos a evolução histórica da preocupação ambiental, o conceito de desenvolvimento sustentável, a constituição federal e o meio ambiente, os deveres dos cidadãos e os desafios para o futuro.
A evolução histórica da preocupação ambiental deu-se início após a Revolução Industrial e a Segunda Guerra Mundial. Na Conferência de Estocolmo de 1972, surgiu a declaração Organização das Nações Unidas sobre meio ambiente humano e uma Comissão Mundial criada em 1983. No relatório “Nosso Futuro Comum”, definiu-se o que é Desenvolvimento Sustentável: Aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades. Na Constituição Federal, o art 255 define que todos têm direito ao meio ambiente e tem responsabilidades por ele. Para efetivar esse direito, incumbe ao Poder Público promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino.
Visto também o que alguns artigos da Política Nacional de Educação Ambiental de 1999 diz: Art 1. Que a Educação Ambiental constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do Meio Ambiente. No Art 2. que a EA é um componente essencial e permanente da Educação Nacional, presente em todos os níveis do processo educativo. No Art 3. cita o que todos têm responsabilidade de promoção da EA (Poder Público, Instiuições Educativas, Órgãos de Meio ambiente, Meios de Comunicação, Empresas, Sociedade). Mas o que se entende como Meio Ambiente? Ele é subdivido em Meio Ambiente Natural (Fauna, flora, ar, água e solo), Cultural (Modos de criar, fazer, viver, criações cientifícas, artísticas e tecnológicas, obras, objetos, entre outros), Artificial (espaço urbano construído) e Laboral (espaço em que se aplicam as normas regulamentadoras do trabalho, visando à segurança e saúde do trabalhador). Portanto, este ensino deve compreender a todos, sem exceção, e deve ser de forma transversal difundido por meio de todas as disciplinas e séries do ensino formal, de maneira contínua e gradual. São princípios básicos da EA: Enfoque humanista, holítico, democrático e participativo; Concepção do meio ambiente na sua totalidade; Pluralismo de ideias an perspectiva inter, multi e transdisciplinaridade; Vinculação entre ética, educação, trabalho e práticas sociais; Garantia de continuidade e permanência; Avaliação crítica; Abordagem articulada das questões ambientais; Reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
São objetivos fundamentais da EA: Compreensão integrada do meio ambiente; Garantia de democratização das informações; Estímulo e fortalecimento de uma consciência crítica; Incentivo à participação individual e coletiva, na preservação do equilíbrio do MA. Importante salientar que a EA não deve ser implantada como disciplina no currículo do ensino, mas sim funcionando como uma transdisciplinaridade.
A responsabilização por danos ao MA situa-se em responsabilidade penal, civil e administrativa, portanto trata-se de crime. Então como devemos cuidar do MA? Reduzindo o lixo, tanto orgânico quanto artificial e eletrônico (reciclagem); Combatendo o consumo exorbitante; Utilizando transporte público; Conscientizando o consumo da água; Diminuindo o consumo do papel.